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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Seja filiado ao A.A. [Anti religião anônimos ] O famoso caso do "Sou ateu, mas...."



Quando alguns ateus recém chegados ao ateísmo refletem sobre a perda de sua fé, é natural alguns terem grande raiva da instituição religiosa que lhe fez [em sua concepção ] perder muito tempo, além de olhar a instituição religiosa como algo não além de padrões de moralidade, considerando tais instituições como imorais. Porém, nem todos querem acreditar que a religião é causadora de alguns males da humanidade, e buscamos justificativa para encontrar uma variável ou um coeficiente que seja a semente do mal, ao invés da religião. Eu pelo menos, ficaria feliz se a religião não fosse responsável pelos males que é acusada, assim provavelmente encontraríamos a real causa.
Na busca de entender alguns males do mundo, a realidade toda hora esfrega em nossa cara, acontecimentos ruins em que a religião está envolvida. Morte, preconceito, atentados, escândalos, problemas familiares, problemas sociais, etc, e fica realmente difícil isentar a religião de tais acontecimentos. Sempre está em uma relação sine qua non nestes eventos. As torres gêmeas, o tribunal da inquisição, criacionismo, conflitos no oriente médio, conflitos de lei no país, brigas familiares etc. Todos estes eventos no modo "Se não fosse a religião, este evento neste contexto não aconteceria".
Então, quando não queremos acreditar que a religião é motivo destas coisas buscamos argumentos e opiniões contrárias a esta hipótese.
Neste momento, encontramos no meio de religiosos, ateus da categoria "Sou ateu, mas....".
Lembram que ateísmo é somente descrença em divindades? Pois é. Isso permite uma variedade imensa de ateus, incluindo os politicamente corretos, e em casos mais extremos, até ateus religiosos. Daí temos um enunciado politicamente correto para confrontar-nos: "Não é politicamente correto criticar religião". Quando conversamos com estes ateus "defensores da religião e do politicamente correto" [não estou inferindo que isso é errado] Encontro os seguinte padrão de respostas:

a] Não é/foi bem assim...
b] A definição de "x" é.....
c ] A religião pode cagar porque o vizinho fez cocô
d ] A religião também faz coisas boas.
e ] A religião não faz coisa ruim hoje em dia, porque na História/filosofia diz que....
f ] Mas o ateu "X"....
g ] Seu padrão de moralidade está errado. Você tem que estudar.

Minhas respostas:

a = O clássico argumento "não foi bem assim". Esse argumento simplesmente tenta diminuir a responsabilidade da religião em algum evento, sem levar em conta que a religião foi fator determinante em certo evento. Exemplo de diálogo.
- Não acredito que a Igreja represente um deus bondoso por causa da Santa Inquisição.
- Espere aí, NÃO FOI BEM ASSIM. Os bispos não amolavam o machado, nem cortavam a cabeça. Só faziam o julgamento.
- ....
Considero o mais fraco padrão de argumento.
b = Esse costuma passar despercebido muitas vezes, do tipo "A definição de X é...". Você faz um argumento contra a religião, e repetidamente as definições são contestadas, para desfazerem as premissas. É o "Argumento da areia movediça". Exemplo de diálogo:
- A religião fez tal atrocidade, que é má.
- Mas qual a definição de mal?
- ....
- Nos tempos antigos.....
As definições são contestadas continuamente, afim de desmontar o argumento. Não há sinceridade em aceitar o argumento válido com as definições já conhecidas e populares.
c = A religião pode cagar, porque o vizinho também caga. Esse tipo de argumentação, também ignora que a religião foi fator sine qua non em tal evento, e tenta justificar que ela não é culpada, porque outro evento poderia causar o mesmo resultado. Exemplo de diálogo:
- Espere senhor delegado. Não pode me responsabilizar pelo roubo. Afinal, eu não sou "RESPONSÁVEL POR ESTE ROUBO", pois se eu for preso, os roubos não pararão.
Antes que algum engraçadinho me acuse de falsa analogia, o objeto de analogia aí é a responsabilidade escrita em caixa alta.
d = A religião também faz coisas boas. Argumento nati-morto. Pessoas que vivem sem religião é a prova empírica que ela não é necessária. Se alguém quer uma escala maior, temos países como exemplo.
e = A religião não faz coisa ruim hoje em dia, porque na História/filosofia diz que.... Vamos deixar uma coisa estabelecida: É muito provável, que eu ao consumir livros de História e filosofia, continue achando que estuprar crianças seja errado, e a Igreja Católica Apostólica Romana não seja representante de um deus bondoso por isso. Esse argumento, na verdade não é um argumento, é uma falha lógica bem conhecida como "Ad Verbosium". Aonde o sujeito quer contestar um premissa, alegando falta quantidade de informação. Na concepção de relativismo moral, não é necessário quantidade de informação para justificar valor mora. Se o sujeito acredita em moral absoluta, aí que piorou tudo.
f = "Mas o ateu X".... Esqueçam os ateus. O fato é que se a religião falha em demonstrar que serve de padrão de moralidade, não tem alienígena no mundo que vai aliviar a barra dela. Isso vale para Staling, Mao Tsé-Tung, etc.
g = "Seu padrão de moralidade está errado. Você tem que estudar." Podemos identificar tantas falácias lógicas em uma só sentença, que fica até chato citá-las. Mas é necessário: Ad Verbosium, Ad Hominem, Non Sequitur, Falácia da distorção.... Esqueci de alguma.

Depois desse trabalhoso texto, para evitar repetição de discurso eu pergunto: Existe algum argumento racional, que isente a religião das atrocidades que ela é acusada? Se conhecem, respondam por favor

Conclusão: Um de nossos melhores debatedores do grupo é o Luz Nas Trevas. Embora ele corrija vários ateus iniciados na prática de revoltadinhos da web XD, ele falha quando tenta defender a religião. Então que esperanças tenho para acreditar que a religião não é o mal do que é acusada?